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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um começo, o nada e o que sou.

Existem coisas demais para imaginar e pouco tempo para descrevê-las; tudo parece precisar de mais tempo que o que dispomos. Cada pequena palavra tem o peso de todo o meu ser. Cada pequeno sentimento transmite tudo que penso existir. Nada me mantêm vivo, assim como nada me atrai a morte. Eu sou nada. Enfim, descobri.
Talvez por isso a escrita me seja importante. Pois mesmo o nada, ao se descrever se transforma em algo. Mas não algo que mereça importância, apenas algo. Por isso não busco que me der importância, ou mesmo leia o que escrevo. Escrevo apenas para saber que existo. Porém, não nego que sou mais completo ao existir também em sua mente. Ao ler o que escrevo para ao menos ser algo, você está me transformando em algo mais. Mais do que sonhei e muito mais do que minha perspectiva de ser aceito. Por isso não aceito que sou algo mais que nada, mas mesmo assim busco algum sentido para esse nada.



“E mesmo sendo nada, e de nada valendo.
Sei que posso te amar, isso me consola.”

3 comentários:

  1. Escrever é o que me mantêm viva. Se não teria desistido dessa vida sem nexo algum. Gostei do texto. É bem elaborado apesar de ser algo que a maioria das pessoas comuns pensam (Como eu).

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  2. Obrigado. Entendo seu comentário e talvez por isso esteja respondendo (algo que eu prometi não me deixar fazer: responder comentários. Porém...). Tenho em mente que as pessoas comuns pensam de tal maneira, meu objetivo não é me distanciar de tais. Quero apenas mostrar meu ponto de vista, seja ele comum ou não.
    E, mais uma vez, obrigado por lê. ttt

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  3. Escrevo, logo existo...
    Se existo, me expresso.
    Ótima forma de expressar, coerência no texto e no uso das palavras.

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