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segunda-feira, 28 de junho de 2010

O ódio, a contradição e os olhos perfeitos.

Eu te odeio porque te amo demais. Eu prefiro o ódio, pois assumir que te amo seria ter a esperança de algum dia poder ao menos te tocar e eu não quero sonhar em vão. Não quero desejar teus lábios, não quero olhar em seus olhos. Por isso te odeio.
Não te amo para não mentir a mim mesmo, para não iludir a minha própria pessoa. Prefiro te ter raiva, prefiro não te falar. Aquilo que me faz mal vive em você. Sua lembrança é o que me mantêm aqui. Diante de seus olhos o infinito é apenas um ponto. Não posso amar o perfeito, então te odeio. Não posso viver em sonhos, por isso não te tenho. Tenho apenas a mim mesmo e as vãs palavras que escrevo. Tenho apenas a vida, esse conjunto de sofrimentos.
Então... Ao menos espero que me entenda, pois eu te odeio amando. Machuco-lhe de tanto que te quero. E você vive em mim, mas do que minha própria alma. Você sou eu, assim como te vejo no espelho. Então me perdoe por tudo, e saiba: sempre te amarei.



Três verdades:
1 — Ontem eu vi os olhos perfeitos.
2 — Eu os amo acima de tudo.
3 — Eu acho que os odeio, pois me assustam.

2 comentários:

  1. Muito lindo, é. Parabéns, você escreve bem pra caramba *~*

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  2. Tem um poeta o qual não me recordo, que diz: Os olhos são o espelho da alma.
    Se apaixonar pela alma de uma pessoa, é se apaixonar pelo seu mais íntimo, de uma forma infinita.
    Fugir desse amor, é fugir da felicidade.
    Parabéns, pela forma com que escreve.

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